segunda-feira, 30 de abril de 2012

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

Congresso da CSP-Conlutas avança em alternativa independente de luta e organização

Congresso reuniu 2300 delegados de 26 estados e o DF e marca a aproximação de importantes entidades nacionais à central

O tempo podia estar chuvoso e frio do lado fora, prenúncio do inverno, mas no interior do auditório da Estância Árvore da Vida, em Sumaré (SP), o clima era de muita alegra. O I Congresso da CSP-Conlutas se encerrou com a certeza de que um importante passo foi dado na consolidação de uma alternativa de luta para o movimento sindical, social e popular no país.

O congresso reuniu quase 2300 pessoas, sendo 1809 delegados eleitos em assembleias de base, representando 114 sindicatos , 2 associações de classe, 118 oposições sindicais e minorias de diretorias sindicais, 1 movimento de luta pela terra (MTL), e, representando um grande salto em relação ao congresso de fundação, 11 movimentos populares urbanos. Além disso, houve a presença de 4 movimentos de luta contra as opressões e 1 entidade nacional dos estudantes (ANEL).

“Tivemos representantes de quase todos os estados da Federação, com a exceção de Rondônia, fica aí o compromisso para o próximo congresso”, afirmou Sebastião Carlos, o Cacau, da Secretaria Nacional Executiva da CSP-Conlutas.

Fortalecimento
Além da incorporação de novas entidades sindicais e movimentos populares no último período, o congresso marcou a aproximação de importantes setores à central. É o caso da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) , uma das entidades que participaram do congresso como convidada. "O objetivo é que, a partir do Congresso, passemos a participar, enquanto Federação e diversos sindicatos, dos fóruns da entidade para continuar trabalhando pela unidade", afirmou o diretor da Fenasps José Campos.

Além da Fenasps, outras importantes entidades nacionais como a Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras) e a Assibge-SN (Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística) também estão se aproximando da central, assim como entidades de metroviários e ferroviários de diferentes partes do país.

O congresso reafirmou a importância dessa entidade que, desde o início da criação da então Conlutas, vem se consolidando como alternativa independente do governo, num momento em que todas as outras centrais sindicais, como a CUT, avançam em sua adaptação ao Estado.

Polêmicas
Como qualquer congresso que reúne enorme gama de orientações e correntes políticas, o I Congresso da CSP-Conlutas também teve as suas polêmicas. A principal delas referente ao nome da entidade. Algumas teses defenderam a mudança do nome de CSP-Conlutas para apenas 'CSP', a fim de atrair os setores que romperam no Conclat (Congresso da Classe Trabalhadora) em 2010, alegando a questão do nome para isso. O principal defensor dessa tese foi o Andes-SN.

"Precisamos dar uma sinalização clara que esse instrumento que construímos de fato expresse esse processo de reorganização, que é muito maior que nós", defendeu Marina Barbosa, dirigente do Andes-SN. "Esse nome que construímos já não nos pertence, esse nome já é patrimônio da classe trabalhadora, é dos lutadores do Haiti, dos operários da construção civil, dos estudantes", respondeu Érico Correa, dirigente do Sindicato dos Servidores da Caixa Estadual do Rio Grande do Sul (Sindicaixa) e da corrente Construção Socialista, defendendo a manutenção do nome.

José Maria de Almeida, o Zé Maria, da Executiva Nacional, ressaltou a importância do Andes-SN para a construção da entidade, além de outras entidades como os operários da construção civil de Fortaleza, metalúrgicos de São José dos Campos (SP). Mas defendeu a manutenção do nome da entidade. "Quando a base da frente popular, descontente com sua direção, olha para o lado e procura quem está lutando, se depara com a marca da CSP-Conlutas", afirmou, argumentando que seria um erro abrir mão disso.

Ao final dessa discussão, cerca de 80% do plenário aprovou a manutenção do nome CSP-Conlutas, dando continuidade à experiência de organização iniciado em 2003 e à tradição da democracia operária, com as polêmicas sendo exaustivamente discutidas e depois votadas e definidas pela base.

Plano de Lutas
Ao final do congresso, os delegados aprovaram um plano de lutas para o próximo período, que inclui o apoio e fortalecimento das greves, como a do funcionalismo público e as da construção civil, além da luta pela unificação das campanhas salariais do segundo semestre. O plano de ação ainda prepara um dia de manifestação durante a ‘Rio+20’ (que ocorrerá de 13 a 20 de junho) , além da mobilização contra as remoções da população pobre para as obras da Copa do Mundo.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

DELEGADAS DO SINDSAÚDE DE SÃO GONÇALO E DE MOSSORÓ ESTIVERAM JUNTAS NOS DEBATES DO CONGRESSO


Jussirene Oliveira, Elineuza da Silva, Antônia Géssia e Margarida Alves foram eleitas delegadas ao 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, ocorrido entre os dias 27 e 30 de abril, nas bases da saúde pública dos municípios de São Gonçalo do Amarante e Mossoró. Durante todo o evento, elas participaram ativamente das discussões sobre a organização de base dos trabalhadores e debateram os ataques dos governos aos direitos da classe. O congresso fortalece as dirigentes do Sindsaúde para preparar as lutas do próximo período.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

Participantes do congresso da CSP-Conlutas realizam ato do 1º de Maio na Avenida Paulista nesta terça-feira

A CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), junto com outras organizações de esquerda, vai realizar o ato de 1° de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, nesta terça feira, no vão do Masp, na Avenida Paulista. Será um ato histórico.

A manifestação contará com a participação de trabalhadores e trabalhadoras que estão à frente das lutas no Brasil e que participaram do 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas. São operários da construção civil de Belo Monte (PA) e Suape (PE), operários do Comperj (RJ), professores, servidores públicos federais, estaduais e municipais, metalúrgicos, bancários, trabalhadores rurais, químicos, trabalhadores sem teto, estudantes, aposentados, os que lutam contra as opressões e tantas outras categorias.

Delegações internacionais
Uma delegação internacional, que participou do congresso da CSP-Conlutas, com a presença de 20 países, comparecerá ao ato, confirmando a vocação internacionalista da Central Sindical e Popular.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

Primeiras plenárias aprovam resolução internacional e nacional

As propostas elaboradas em grupos de trabalho do 1º Congresso da CSP-Conlutas sobre a situação política e econômica no mundo e no Brasil foram levadas à plenária neste domingo 29 para debate e votação das resoluções. Os textos elaborados nos grupos foram resultado de discussões feitas nos grupos pelos delegados, onde todos puderam falar e fazer propostas. Todas as emendas que tiveram 10% de aprovação no grupo foram encaminhadas à plenária. As polêmicas que ocorreram serviram para enriquecer os debates, o que torna viva a nossa Central.

Governo Dilma, lutas e pactos sociais são temas da resolução
A situação nacional foi o segundo tema de votação das resoluções neste domingo 29. O balanço do governo Dilma, o Brasil em meio à crise econômica mundial, a criminalização dos movimentos sociais, a retomada das lutas operárias e demais setores da classe trabalhadora marcaram a maioria das discussões.

A resolução reafirmou o apoio da CSP-Conlutas a todas as lutas e chamou a construção de um plano de ação que unifique, em uma jornada comum, as mobilizações contra as políticas anti-trabalhador do governo Dilma e da burguesia.

Houve polêmica sobre a participação da Central na mesa de negociação da construção pesada. Diante do tema, o Congresso rejeitou os pactos sociais e aprovou a participação na mesa da construção pesada.

Quanto às eleições, a CSP-Conlutas deve indicar rejeição aos candidatos da oposição burguesa e da base aliada do governo, e deve indicar o voto em candidatos da classe trabalhadora, rumo à sociedade socialista.

Oriente Médio, Norte da África e Europa estão entre as principais resoluções
No ponto internacional, houve acordo na maioria das questões, com polêmica em torno das revoluções no Oriente Médio e no Norte da África para o qual foi aprovado: “O capitalismo deve pagar pela crise. Todo apoio às revoltas populares no norte da África e Oriente Médio e à luta dos trabalhadores europeus e de todo o mundo”.

Também foram aprovadas outras resoluções relativas à questão dos imigrantes, da nacionalização da YFP na Argentina, entre outras. As que tiveram algum tipo de polêmica, como a luta do povo líbio, o governo venezuelano de Chávez, entre outros, foram aprovados com direito a intervenções a favor e contra, e votação final pelo plenário.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

Apresentação de teses permite amplo debate nos grupos

A apresentação das teses na manhã deste domingo 29 permitiu que as diversas opiniões existentes no 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas fossem debatidas democraticamente pelos delegados e delegadas presentes no plenário do congresso. As exposições das teses ajudaram nas discussões que ocorreram nos grupos.

Os grupos de trabalho, que representam um terço do tempo do congresso, têm como objetivo garantir que as resoluções sejam aprovadas com a participação no debate dos delegados e delegadas. São eles que representam as centenas de milhares de trabalhadores da base de suas categorias.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

Congresso teve painel sobre organização de base e combate à burocratização para fortalecer a Central

No domingo 29, o painel sobre “Organização de Base”, tema principal do congresso, tratou de um assunto fundamental para o fortalecimento da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas). A importância do trabalho de base para enfrentar os ataques dos patrões e dos governos, assim como para enfrentar a burocratização dos sindicatos e de dirigentes sindicais foi abordada com ênfase por José Maria de Almeida, da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas.

Como organizar os trabalhadores para enfrentar a questão territorial das cidades e do campo, bem como os danos causados pela política dos Governos, com destaque para os danos causados pela vinda da Copa do Mundo e das Olimpíadas, também foi uma das questões centrais do evento. Assim como o fortalecimento da organização dos trabalhadores para enfrentar a criminalização dos movimentos.

As diretoras do Sinte, Fátima Ferreira e Márcia Melo, e do Sindsaúde de São Gonçalo, Elineuza da Silva, foram eleitas delegadas na base da categoria da educação e da saúde do município e participam, entre os dias 28 e 30 de abril, do 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, cujo principal tema é a organização de base dos trabalhadores brasileiros.

Greve: Saúde e Educação de São Gonçalo

INFORMAÇÕES DA ÚLTIMA SEMANA

- Audiência judicial do prefeito contra Vivaldo Júnior:
# Houve um ato público em frente ao fórum com a participação dos servidores estaduais da saúde em greve;
# O prefeito não compareceu à audiência e a ação foi arquivada.

- A audiência da saúde:
# Ocorreu dia 24/04 com a participação do secretário de saúde, do chefe de gabinete e do procurador chefe;
# Participaram dois diretores do Núcleo do Sindsaúde, 4 servidores da base e a advogada;
# Os representantes da Prefeitura reconheceram a legitimidade da pauta e prometeram ter uma reunião com o prefeito na quinta-feira pela manhã.

- Resposta da audiência:
# Na quinta-feira, à tarde, o procurador chefe informou à diretoria do Núcleo do Sindsaúde, por telefone, a resposta do prefeito:
* Sobre o Plano de Cargos e Salários foi constituída uma comissão que irá estudar as tabelas que apresentamos na audiência. Não foi definido prazo para finalizar;
* As gratificações do PSF só em 2013;
* O procurador ficou de entregar um documento na sexta à tarde.

- A ilegalidade da greve da educação:
# Foi pedida a ilegalidade da greve da educação pela Prefeitura, mas o juiz não concedeu de imediato e solicitou uma justificativa do Sinte/RN em 72 horas;
# A advogada está entrou com uma petição nesta sexta-feira, final do prazo;
# A tendência é que só esteja na mesa do juiz na quarta ou quinta-feira desta semana.

PROPOSTA DE CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DA GREVE

DATA

HORÁRIO

ATIVIDADE

LOCAL

Segunda (30/04)

9h e 14h

Concentração dos servidores em greve

Sede do núcleo do Sinte/Sindsaúde (Av. Estavam Moura, centro, em frente aos Correios)

Terça (01/05)

Manhã e Tarde

Gravação no carro de som

Toda a zona urbana

Quarta (02/05)

8h

Concentração dos servidores em greve

Prefeitura

Quinta (03/05)

7h

9h

Ato público

Concentração dos servidores em greve

Escola Vicente de França (Conjunto Amarante)

Câmara de Vereadores

Sexta (04/05)

14h

Assembleia saúde e educação

Clube dos Correios


domingo, 29 de abril de 2012

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas

Ato pede punição aos crimes da ditadura e reparação aos perseguidos políticos

Um dia cansativo não desanimou os participantes do Congresso da CSP-Conlutas para o ato que ocorreu na noite deste sábado (28) de abril no auditório principal da Estância Árvore da Vida. Com o tema ‘Ditadura Militar, anistia política e direito de organização de base”, centenas de participantes assistiram ao ato público que, mais do que uma denúncia ao regime militar, serviu como verdadeiro resgate histórico da luta do movimento sindical e popular.

A mesa do ato, no lugar de uma ou duas personalidades, foi composta simbolicamente por diversos perseguidos políticos da ditadura militar. Mais precisamente militantes que atuavam no movimento sindical e que foram presos e demitidos de forma arbitrária, e que fazem parte de uma campanha por reparação. “Aqui não se trata tão somente de uma questão de memória, mas também de verdade e Justiça”, afirmou Aderson Bussinger, advogado e membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ.

Bussinger lembrou que as torturas e a perseguição política não ficaram no passado, mas fazem parte do presente. "Sabemos que existe tortura nas delegacias, perseguição a ativistas políticos, então essa não é uma questão só de passado, mas se refere também ao presente, e ao futuro, para que esse tipo de coisa não se repita” disse.

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sábado, 28 de abril de 2012

Urgente!

PREFEITO JAIME CALADO DESCONTA SALÁRIO DOS SERVIDORES DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO

O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado (PR), que odeia os trabalhadores, resolveu saquear os salários de pais e mães de família que estão em greve lutando pelos seus direitos. Neste 1º de maio, dia internacional do trabalhador, os servidores que trabalham para a população do município só tem o que lamentar. Tiveram seus salários cortados pela metade por estarem fazendo uma greve justa, há 10 dias, para garantir seus direitos, como os Planos de Cargos e Salários, gratificações e condições de trabalho.

O prefeito Jaime Calado decidiu cortar os já muito baixos salários dos servidores mesmo sem a greve ter sido julgada ilegal. Mais uma vez este prefeito mostra a sua face autoritária, ditadora e fascista. A Prefeitura deixa os alunos de São Gonçalo estudarem em péssimas escolas, sem ventilação, com banheiros sem higiene e em prédios decadentes. Para reduzir os gastos com a saúde, o prefeito exige o cartão SUS até para o atendimento de urgência e emergência.

O prefeito se recusa a atender às reivindicações dos servidores. Enquanto isso, faz da Prefeitura de São Gonçalo um cabide de emprego. As secretarias, unidades de saúde, escolas e demais órgão municipais estão lotados de cargos comissionados, uma grande parte desnecessária. Qual o interesse do prefeito Jaime Calado em encher a Prefeitura de cargos comissionados enquanto há uma fila de concursados para serem convocados?

Apesar dos métodos da ditadura militar utilizados para reprimir os servidores da saúde e da educação, as direções do Sinte e do Sindsaúde avisam ao prefeito que a luta não irá recuar. A todos os servidores, os sindicatos lembram que haverá um encontro nesta segunda-feira, dia 30, às 9 horas, na sede do Sinte. Vamos à luta!

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas

DELEGADAS DO SINTE E DO SINDSAÚDE DEBATEM SITUAÇÃO POLÍTICA NACIONAL E INTERNACIONAL

Na tarde deste sábado, 2º dia do Congreso Nacional da CSP-Conlutas, os delegados e delegadas do evento foram divididos em grupos para debater a situação política e econômica no Brasil e no restante do mundo. As diretoras do Sinte e do Sindsaúde de São Gonçalo do Amarante, Fátima Ferreira e Elineuza da Silva, participaram em seus grupos das discussões sobre os efeitos da atual crise econômica do capitalismo, as lutas dos trabalhadores no Brasil e as revoltas e revoluções que estão ocorrendo na Europa e no mundo árabe. Para as duas delegadas, o primeiro tema de debates do congresso serviu para compreender melhor o que se passa no mundo atualmente e fortalecer a organização dos trabalhadores nas lutas contra os governos para manter os direitos.

"Esse debate nos ajuda a aprender com as experiências dos trabalhadores de outros países. Aqui no Brasil, por exemplo, não vejo o governo Dilma como favorável aos trabalhadores, pois ataca nossa classe da mesma forma que os governos da Europa. Um exemplo disso são privatizações. É um governo que vem prejudicando os trabalhadores.", avaliou Fátima Ferreira, do Sinte.

Para Elineuza da Silva, diretora do Sindsaúde, os ataques dos governos aos trabalhadores europeus podem se repetir no Brasil. "Precisamos entender os acontecimentos que dizem respeito aos trabalhadores. Mesmo aquilo que ocorre lá fora pode interferir na economia brasileira. Por conta da crise, trabalhadores estão sendo demitidos na Europa e isso pode acontecer aqui também. No Brasil, por exemplo, enfrentamos a precarização da saúde pública, com terceirizações e privatizações.", explicou ela.

As diretoras do Sinte e do Sindsaúde de São Gonçalo foram eleitas delegadas na base da categoria da educação e da saúde do município e participam, entre os dias 28 e 30 de abril, do 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, cujo principal tema é a organização de base dos trabalhadores brasileiros.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas

Luta contra mortes e acidentes no trabalho abre debates no 2º dia de Congresso

Um minuto de silêncio. Foi assim que teve início o ato para marcar o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, no início do segundo dia do Congresso da CSP-Conlutas.

“Companheiros que foram mortos e acidentados no trabalho”, chamou o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha. “Presente”, responderam em coro todos os manifestantes presentes no plenário lotado.

“No dia de hoje, lembrado em todo o mundo, estamos aqui não só para relembrar nossos mortos, mas também para denunciar e lutar para que as mortes e acidentes não mais aconteçam”, disse Mancha.

Um vídeo ainda no início da atividade, produzido pela Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais, foi apresentado com entrevistas de especialistas na saúde do trabalhador e traçou um panorama da situação das condições de trabalho e dos acidentes.

Jordano Carvalho, da coordenacão de saúde da Federação, um dos coordenadores da mesa do evento, resumiu a situação do trabalho no Brasil e no mundo: um verdadeiro assassinato dos trabalhadores nos locais de trabalho. Ele lembrou das mortes que ainda vitimam trabalhadores de várias categorias e citou exemplos recentes de mortes na construção civil e metalúrgicos. “O trabalho é um meio de vida e não pode ser um meio de morte para o trabalhador”, disse.

O papel do governo federal a serviço dos patrões também foi ressaltado. Foi denunciado que o governo não toma nenhuma medida para prevenir e preservar a saúde dos trabalhadores, porque isso geraria custos para os patrões. Ao contrário. O governo quer agora regulamentar a Alta Programada e a Terceirização, que são medidas que prejudicam ainda mais os trabalhadores.

“Sindicatos não podem lutar só por salário, PLR. É preciso atentar para a prevenção e a defesa da saúde, segurança e vida dos trabalhadores. E isso não é uma tarefa de apenas um diretor, um departamento, mas deve ser de todos”, concluiu Mancha.

O ato, que teve início com um minuto de silêncio em homenagem aos mortos no trabalho, terminou com uma salva de palmas de todos os delegados presentes no plenário e o compromisso de fazer um combate permanente aos ataques dos patrões e do governo e as condições precárias de trabalho.

Fonte: CSP-Conlutas

Nacional

1º CONGRESSO DA CSP-CONLUTA TEM INÍCIO COM DELEGAÇÕES DE TODO O PAÍS

A abertura do 1º Congresso da CSP-Conlutas aconteceu nesta sexta-feira, dia 27, em Sumaré (SP). Por volta das 18h30, cerca de 1.500 pessoas já se encontravam no plenário, apesar de ainda haver delegações de vários locais do país programadas para chegar no encontro.

Entre os presentes, caravanas vindas de todo o pais, como a do Pará, que levou 56 horas para chegar no local do Congresso. Mas nem a longa viagem de ônibus desanimou os trabalhadores, que eram um dos mais animados no início da plenária.

Em nome da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Sebastião Cacau, fez uma saudação a todos os presentes. “Aqui está cada um que ajudou a construir essa ferramenta de luta da classe trabalhadora, ainda pequena, mas ativa e vigorosa”, discursou. “Vamos debater as teses, cada proposta. Democraticamente vamos votar nossas resoluções e com unidade colocar em prática um plano de lutas e organização em defesa dos direitos da classe trabalhadora”, completou.

Em seguida, falaram representantes de organizações presentes na mesa de abertura, como o líder da greve dos bombeiros do Rio de Janeiro, Benevenuto Caciolo, que levou todos a clamarem “1, 2, 3, 4, 5 mil, viva a aliança operária estudantil” defendendo a importância desse aliança.

A indígena Kaiowá-Guarani Dirce Veron, da região de Dourados, no Mato Grosso do Sul, emocionou o plenário ao afirmar “eu quero dizer aqui que a gente existe, os povos indígenas existem , mas estão morrendo”. Dirce denunciou a política do governo, que alardeia proteger os índios, mas é o primeiro a massacrá-los ao não garantir a demarcação de suas terras.

Também estiveram na mesa de abertura Canindé Pegado, da UGT, Mané Melato, da Intersindical, Miguel, do PSOL, Zé Maria, do PSTU e integrantes da delegação estrangeira do Egito e Chile.

A sindicalista egípcia Fatma Ramadan reforçou a necessidade da solidariedade internacional e defendeu a necessidade das lutas. “O povo quer mudar o sistema”, ressaltou ao mencionar a recente revolução egípcia.

Na maioria das falas o destaque foi para o papel cumprido pela CSP-Conlutas no último período, à frente das lutas e na busca pela unidade de ação em defesa dos trabalhadores. Mobilizações em curso no país, como a greve na construção da hidrelétrica de Belo Monte e nas obras da Copa, foram lembradas e saudadas.

Após a mesa, foi cantada a Internacional Socialista. Delegados de várias partes do país se levantaram para entoar o hino da classe trabalhadora em todo o mundo. As atividades do dia foram encerradas com a leitura do Regimento Interno. As emendas propostas serão votadas no plenário, neste sábado.


Fonte: CSP-Conlutas

Sinte/RN e Sindsaúde/RN em Sumaré (SP)

DELEGADAS DO SINTE E SINDSAÚDE DE SÃO GONÇALO DESTACAM A IMPORTÂNCIA DO 1º ENCONTRO DE MULHERES DA CSP-CONLUTAS

As diretoras do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de São Gonçalo do Amarante (Sinte/RN), Márcia Melo e Fátima Ferreira, e a diretora do Núcleo Municipal do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde/RN), Elineuza da Silva, participaram do 1º Encontro de Mulheres da CSP-Conlutas, ocorrido nesta sexta-feira, dia 27, em Sumaré (SP). Elas destacaram a importância da realização do encontro e da necessidade das mulheres se organizaram para combater o machismo ao lado dos demais trabalhadores. "Todas nós sofremos o machismo no dia a dia. É preciso mais debates, seminários e encontros como esse, inclusive, com a participação de homens para avançarmos nessa luta.", disse Márcia Melo, do Sinte.

Para a professora Fátima Ferreira, o encontro foi um ponto de partida fundamental para fortalecer a organização das mulheres trabalhadoras. "A partir do momento que a gente compreende o contexto da exploração e da opressão, saímos para uma luta organizada e podemos alcançar muitas vitórias. Esse encontro é um ponta pé inicial na valorização da luta das mulheres.", destacou a diretora do sindicato da educação de São Gonçalo.

A agente de saúde e diretora do Sindsaúde de São Gonçalo, Elineuza da Silva, apontou a necessidade do encontro e do debate para encorajar as mulheres a enfrentar o machismo. "O debate e a nossa organização são muito importantes para enfrentar o machismo. É preciso combater a opressão, a violência, a falta de creche, pois em todas as categorias as mulheres sofrem os mesmos problemas.", alertou Elineuza.

As diretoras do Sinte e do Sindsaúde foram eleitas delegadas nas bases de suas categorias e participam, entre os dias 28 e 30 de abril, do 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, cujo principal tema é a organização de base dos trabalhadores brasileiros.

Nacional

MAIS DE 500 PESSOAS PARTICIPAM DO 1º ENCONTRO DE MULHERES DA CSP-CONLUTAS

O 1º Encontro de Mulheres da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), realizado nesta sexta-feira 27, debateu, entre outros pontos, a importância da organização de base para as mulheres trabalhadoras. Havia 487 delegadas vindas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Pará, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, entre outros estados de todo país. O evento antecedeu o 1° Congresso da CSP-Conlutas cuja abertura começou às 18h30 desta sexta-feira na Estância Árvore da Vida, em Sumaré (SP).

A representante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Ana Pagamunici, também integrante do Movimento Mulheres em Luta, fez uma análise da situação de superexploração dos setores oprimidos na sociedade capitalista, a exemplo das mulheres. Ana lembrou que o Brasil governado por Dilma, primeira mulher eleita presidente em nossa história, está longe de defender políticas que atendam realmente as necessidades das mulheres. “Não basta ser mulher, é preciso ter um programa que defenda a classe trabalhadora”, disse ela, destacando que em 16 meses de governo a presidenta Dilma optou por governar para banqueiros e empresários.


No encontro, o debate expôs a realidade da classe trabalhadora hoje, na qual 56% das mulheres trabalhadoras estão no serviço público e 20% no serviço privado. Nos últimos anos, houve 120% de entrada das mulheres no mercado de trabalho. Por isso, foi discutida importância de se ter políticas para que as mulheres conquistem sua autonomia.

Ainda no debate, levantou-se a informação de que 33% das mulheres brasileiras ganham menos que os homens, mesmo cumprindo a mesma função. Além disso, são 35% nos serviços terceirizados. “Não é possível pensar
na classe trabalhadora, sem pensar nas mulheres.”, afirmou Ana Pagamunici.

Ela também ressaltou que Dilma vetou a lei que exigia a aplicação de multa às empresas que pagam salários inferiores às mulheres que cumpram a mesma função dos homens. Para Ana Pagamunici, isso ocorre por conta do machismo ainda existente na sociedade, que precisa ser combatido. Ana defendeu que essa é uma luta de homens e mulheres. “A violência contra as mulheres também precisa ser combatida, pois os índices de agressão tem sido alarmantes”, acrescentou.

A plenária contou com a
participação da estudante Daniela, da Federação Nacional dos Estudantes da Costa Rica, que apresentou a experiência das mulheres do seu país e reafirmou que a unidade de todas é fundamental para superar os ataques contra a classe trabalhadora e contra as mulheres. Também saudou o encontro a sindicalista egípcia Fátima Ramadan, que esteve à frente da luta recente dos trabalhadores egípcios.

Construção Civil
A coordenadora geral do Sindicato da Construção Civil de Belém, Deuzinha, trouxe as experiências de seu s
etor, retratando o crescimento da mão de obra feminina. “Em 2006 eram 99 mil trabalhadoras nos canteiros de obras e em 2010 já são 180 mil”, contou. O próximo passo, segundo ela, foi ocupar os espaços do sindicato e construir a Secretaria de Mulheres. Com isso, a campanha salarial da categoria incorporou todas as reivindicações das operárias. “As nossas dificuldades, como em todos os locais, é o assédio moral, sexual e o machismo. Lutamos também por escolas e hospitais. Mas é preciso combater acima de tudo, o machismo dentro dos canteiros de obras”, ponderou.

Segundo Deuzinha, as mulheres da construção civil tem atendido o chamado da CSP-Conlutas e do sindicato. “A grande vitória da nossa organização foi a participação de 46 operárias no debate de mulheres no 8 de março, e hoje estamos em sete operárias presentes no 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas”, concluiu Deuzinha. Após as falas da mesa, o debate foi aberto para o plenário que enriqueceu o encontro com a troca de experiências das mulheres trabalhadoras.

No encontro, foi aprovada uma carta com as principais demandas e desafios das mulheres para o próximo período. Além disso, foi aprovada a realização de um próximo encontro para o primeiro semestre de 2013. Em seguida foram apresentadas três teses que farão parte dos debates do 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas. Ao final, foram eleitas sete delegadas para representar o Movimento de Mulheres em Lutas no 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ação Judicial

SERVIDORES PROTESTAM CONTRA PERSEGUIÇÃO DO PREFEITO JAIME CALADO A DIRETOR DO SINDSAÚDE

Em dezembro de 2011, o dirigente sindical Vivaldo Dantas foi notificado de que estava sendo processado pelo prefeito de São Gonçalo em razão de críticas feitas contra a Prefeitura. Em função da ausência do prefeito na audiência de conciliação, a assessoria jurídica do sindicato pediu a extinção do processo por danos morais contra o sindicalista.

Cerca de 70 pessoas, entre servidores estaduais da saúde e servidores municipais de São Gonçalo do Amarante protestaram contra a perseguição política do prefeito Jaime Calado (PR) ao diretor do Sindsaúde Vivaldo Dantas. A manifestação em solidariedade ao sindicalista ocorreu na manhã desta quinta-feira 26, em frente ao Fórum de Justiça da cidade, e teve o objetivo de acompanhar a audiência de conciliação do processo por danos morais, movido pelo prefeito contra o dirigente sindical. Em dezembro de 2011, Vivaldo Dantas foi notificado de que estava sendo processado pelo senhor Jaime Calado em razão de críticas feitas contra o descaso da Prefeitura com a saúde pública de São Gonçalo. Como o prefeito não compareceu à audiência deste dia 26, a assessoria jurídica do Sindsaúde pediu a extinção da ação judicial contra o diretor do sindicato, o que deverá ser acatado pelo juiz.

Solidariedade contra a perseguição
Para a direção do Sindsaúde, o protesto dos servidores, que contou com a participação do sindicato da educação de São Gonçalo (Sinte/RN) e da diretoria estadual do Sindsaúde, foi mais do que uma demonstração de apoio e solidariedade a um trabalhador injustiçado. A manifestação também mostrou que os trabalhadores rejeitam a criminalização dos servidores que lutam por seus direitos e por melhores serviços públicos. “Esse não é um ataque só a mim ou ao sindicato. É um ataque contra todos os movimentos sociais. Esse ato público aqui é a prova de que não vamos aceitar perseguição e criminalização das nossas lutas.”, disse Vivaldo Dantas, durante o protesto.

Vários servidores se revezaram no microfone do carro de som para defender o diretor do Sindsaúde e criticar a postura autoritária do prefeito Jaime Calado e seu descaso com os serviços públicos. “Hoje é um dia de solidariedade ao companheiro Junior (Vivaldo), representante de luta do nosso sindicato.”, declarou a servidora municipal da saúde, Márcia Régia, que também já foi alvo de perseguição política em São Gonçalo. Já a técnica de enfermagem Renata Duó argumentou que a perseguição vai muito além de ações judiciais. “Quando você não remunera bem os servidores, isso já é uma perseguição. Quando você não garante atendimento de qualidade, isso já é perseguição à população.”, destacou ela, criticando a situação da saúde do município.

Prefeitura irresponsável
O dirigente sindical Vivaldo Dantas estava sendo alvo de um processo por danos morais por ter denunciado a irresponsabilidade do prefeito Jaime Calado no combate à dengue na cidade. Em julho de 2011, o Sindsaúde foi até a comunidade de Canaã, em São Gonçalo, verificar uma denúncia feita pelos moradores. No local onde deveria funcionar o Centro de Zoonoses do município, o sindicato encontrou centenas de pneus amontoados e expostos a céu aberto. Dezenas deles estavam acumulando água e servindo de criadouro para o mosquito da dengue.

Há quase dois anos a Prefeitura vinha depositando no lugar os pneus recolhidos por toda a cidade. O resultado dessa irresponsabilidade com a saúde pública foi sentido pelos próprios moradores, que passaram a adoecer. O caso, inclusive, foi noticiado até mesmo pela Intertv Cabugi, depois de uma ampla denúncia feita pelo Sindsaúde.

Perseguição política
Diante da repercussão negativa que teve o fato, o prefeito Jaime Calado tentou transformar essa denúncia contra a Prefeitura e seu principal gestor em uma acusação pessoal. A ação movida contra o sindicalista citava uma declaração de Vivaldo Dantas, em entrevista ao Jornal de Hoje, no dia 14 de setembro de 2011, quando afirmou que “não adianta de nada o agente de endemias fazer seu trabalho, tratando as casas no dia a dia, quando o principal responsável pela proliferação do mosquito é o próprio prefeito.”. Como se vê, o diretor do sindicato criticou as ações do prefeito da cidade, e não a pessoa física do senhor Jaime Calado.

Embora o prefeito não tenha comparecido à audiência do processo contra o dirigente sindical, os servidores que participaram do protesto deixaram um claro recado para o gestor de São Gonçalo. “Prefeito, que papelão! Nós não vamos aceitar perseguição!”, cantavam todos durante o ato público.

Cerca de 70 trabalhadores participaram do protesto contra a perseguição política do prefeito Jaime Calado, em frente ao Fórum de São Gonçalo

Servidores também protestaram contra o descaso na saúde pública

Manifestação foi convocada pelo Sindsaúde de São Gonçalo do Amarante

Diretoria estadual do Sindsaúde participou do ato de solidariedade

Vivaldo Dantas: "Esse é um ataque contra os movimentos sociais."

Protesto teve apoio de servidores estaduais da saúde, que também estão em greve

Professor Francisco Varela esteve no ato representando o Sinte/RN

Márcia Régia: "Hoje é um dia de solidariedade ao companheiro Junior."

Renata Duó: "Quando os servidores não são bem remunerados, já estão sendo perseguidos."

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Em greve...

SERVIDORES DE SÃO GONÇALO FAZEM ATO PÚBLICO EM POÇO DE PEDRA

Os servidores municipais de São Gonçalo do Amarante realizaram nesta quarta-feira, dia 25, um ato público na comunidade de Poço de Pedra para protestar contra as péssimas condições da educação pública do município. O protesto, que faz parte do calendário de atividades das greves da saúde e da educação, aconteceu pela manhã em frente à escola da comunidade. Abaixo, veja fotos da situação da escola. Há ou não razão para fazer greve? O descaso com os serviços públicos de São Gonçalo tem as marcas das mãos do prefeito Jaime Calado (PR).

Paredes mofadas trazem riscos à saúde dos estudantes e profissionais

Esse é o bebedouro da escola, um retrato do descaso

Infraestrutura em péssimas condições