quinta-feira, 2 de julho de 2015

Deu na Imprensa

JAIME CALADO VETA LEI QUE PROÍBE CONTRATAR EMPRESAS QUE DERAM DINHEIRO PARA POLÍTICOS


Jaime Calado continua dando as cartas na Câmara de Vereadores. Proposta que tinha como objetivo proibir que o município contratasse empresas que doaram dinheiro a partidos políticos e candidatos foi arquivada pelo executivo

“Há um interesse obscuro da gestão de receber dinheiro dessas empresas”. A frase dita pelo vereador Eraldo Paiva (PT) durante sessão desta terça-feia, 30, na Câmara de Vereadores de São Gonçalo, se refere ao veto do executivo a um Projeto de Lei do vereador Nonato Queiroz (PROS).

A proposta tinha como objetivo proibir que a administração pública municipal, direta e indireta, contratasse o serviço de empresas que efetuaram doações a partidos políticos e candidatos pelo período de quatro anos após a doação.

Há dois meses, após ser submetido ao plenário e aprovado pelos vereadores, o PL foi encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça, que também o aprovou sem ressalvas. Mas a mesma comissão, que é presidida pelo vereador Valban Tinoco, que tem como relatora a vereadora Valda Siqueira (PR) e como membro o vereador Tarcísio Fernandes (PSB), mudou o parecer após receber o veto do prefeito Jaime Calado que alegou inconstitucionalidade.

O autor do projeto, Nonato Queiroz não vê inconstitucionalidade no projeto, que não contraria nem a Lei das Licitações e também não mexe na legislação eleitoral, já que não há nenhuma proibição às doações de pessoas jurídicas a partidos ou candidatos. O PL estabelecia, tão somente, critérios para a contratação de empresas. As que doassem para candidatos em campanha ou partidos ficariam impossibilitadas de fechar contratos com o Município por quatro anos após a doação. “Se foi aprovado em Mossoró, e sancionado, porque aqui seria diferente?”, questionou Nonato.

Mas, apesar das argumentações de Nonato e Eraldo o veto do executivo foi mantido pela Câmara.

Apenas Nonato, Eraldo, Chanxe Dantas, Adelson Martins e o próprio Tarcísio Fernandes – que integra a Comissão mas foi voto vencido -, votaram contra o veto do prefeito. Todos os outros parlamentares, com exceção de Alexandre Cavalcanti que está em Brasília (DF), seguiram o veto do prefeito.

A decisão do executivo caminha na contramão do que vem sendo praticado em outros municípios país afora, onde se está tentando moralizar as relações entre o poder público e o setor privado, através de medidas legais que preservem o interesse da coletividade e combatam a corrupção.

Esta foi mais uma derrota de Nonato que, desde que migrou para a oposição, já apresentou mais de 60 projetos na Casa de Leis. Poucos passaram pelo crivo de Jaime Calado. Ou foram considerados dispendiosos para os cofres públicos ou inconstitucionais. A matéria foi arquivada.


Fonte: FalaRN

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