terça-feira, 27 de outubro de 2015

Combate à iolência contra à mulher no ENEM

NOTA DO MML SOBRE TEMA DA REDAÇÃO DO ENEM ABORDAR QUESTÕES DE GÊNERO

Falar sobre a naturalização da violência machista é importante, ter investimento público para combater a mesma violência é fundamental!


A naturalização da violência contra a mulher é uma questão que salta aos olhos. Por isso tornou-se tema de redação no principal vestibular do país, o ENEM.

De fato, se considerarmos que o Brasil é o sétimo colocado num ranking de mais de 80 países em número de feminicídios, ou que a cada duas horas uma mulher é espancada em algum canto do país, ou que o índice de estupros cresceu mais de 156% nos últimos anos, fica evidente a necessidade de refletir e debater sobre o tema.

Contudo, aquele que tem responsabilidade pelas políticas públicas, inclusive que foi responsável, em última instância pelo tema da redação do ENEM - o governo Dilma - trata o tema de maneira secundária.

A política de ajuste fiscal de Dilma reduziu o orçamento de políticas para combater a violência contra a mulher pela metade, sendo que este já era um dos menores orçamentos, também para reduzir gastos o PT transformou a secretaria de políticas para mulheres e a secretária de igualdade racial em pastas no ministério de direitos humanos. Sem falar no silêncio absoluto da presidente frente à retirada do termo identidade de gênero de diversos planos municipais de educação.

Em tempos de ataques ferrenhos aos mínimos direitos das mulheres por setores conservadores como Eduardo Cunha/PMDB e declarações públicas de assédio sexual contra menores, como o caso da menina Valentina, a postura que vem tendo o governo de uma mulher é inadmissível. Em troca de apoio político, Dilma vem rifando os direitos de mulheres e dos demais setores oprimidos.

O PSDB que se apresenta como alternativa política também não tem política efetiva para garantir a segurança das mulheres, nas cidades em que governa. É o caso de São Paulo, onde somente entre janeiro e agosto desse ano já foram notificados 100 casos de assédio sexual nos metrôs. Enquanto Alckimin se preocupa mais em tornar sigiloso os documentos das obras superfaturadas do metrô e avançar na privatização do serviço, do que ter medidas para coibir o assédio.

Por isso, mas do que ficarmos felizes pela repercussão necessária do tema, todo o debate deve servir para avançarmos cada vez mais na luta para derrotar o governo e sua política econômica e, dessa forma, garantir mais investimento público no combate ao machismo e a violência que ele causa!

Por Movimento Mulheres em Luta


Fonte: CSP-Conlutas

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