terça-feira, 7 de junho de 2016

Nacional: Henrique Alves na mira

JANOT DIZ QUE MINISTRO DO TURISMO FOI BENEFICIADO NO PETROLÃO


No pedido de inquérito ao STF, procurador-geral da República afirma que Henrique Eduardo Alves atuou em favor da OAS para obter recursos do esquema de corrupção da Petrobras

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou, em despacho ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB), atuou para receber dinheiro do esquema de corrupção da Petrobras para abastecer a sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014, na qual saiu derrotado.

A informação, revelada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira, consta do pedido de inquérito enviado por Janot ao STF para investigar, além de Alves, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente da OAS.

“Houve, inclusive, atuação do próprio Henrique Eduardo Alves para que houvesse essa destinação de recursos, vinculada à contraprestação de serviços que ditos políticos realizavam em benefício da OAS”, disse Janot, no despacho. “Tais montantes, por outro lado, adviriam do esquema criminoso montado na Petrobras e que é objeto do caso Lava Jato”, acrescenta.

A investigação, baseada em mensagens apreendidas no celular de Pinheiro, aponta que Alves pode ter recebido dinheiro de propina “disfarçado” de doações oficiais e que os pedidos teriam partido de Eduardo Cunha. A PGR identificou ao menos oito solicitações de recursos para Alves, feitos por Cunha a Pinheiro. O ministro declarou que recebeu 650.000 reais da OAS na prestação de contas da campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo a procuradoria, Alves teria se comprometido com a OAS de atuar junto ao Tribunal de Contas da União e ao Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte, onde a empresa tinha pendências.

Em declarações anteriores, Alves, que foi ministro do Turismo de Dilma e assumiu a mesma pasta no governo Temer, negou todas as acusações, dizendo que todas as doações de campanha foram registradas no TSE. (Veja)


Fonte: FalaRN

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